
A execução aconteceu ontem no município de San Pedro de Buena Vista, onde um grupo de moradores, aparentemente em estado de embriaguez, enterrou vivo o homem identificado como Samuel T., segundo informou nesta quarta-feira uma fonte da procuradoria citada pela rádio "Erbol".
O falecido era acusado do estupro e assassinato de uma mulher de 28 anos pertencente a uma comunidade dessa região de Potosí no último dia 10 de novembro.
Os moradores da comunidade, segundo a mesma rádio, investigaram o crime e conseguiram encontrar e capturar o suposto autor do crime, que tinha fugido para outro departamento do país.
Os linchamentos de supostos delinquentes na Bolívia ocorrem com frequência e, segundo advertiram analistas e juristas, mostram que no país rege uma pena de morte de fato aplicada por multidões.
Os "justiceiros" sempre argumentam que aplicam a chamada justiça comunitária indígena, reconhecida na Constituição da Bolívia desde 2009, mas que não estabelece nem ampara a pena de morte nem os castigos físicos.
As autoridades bolivianas e organismos internacionais, entre eles a ONU, mostraram sua preocupação com estes atos que a polícia não consegue frear, já que muitos acontecem em zonas rurais nas quais quase não há agentes que possam enfrentar às multidões furiosas.