Em uma ação conjunta, as polícias Civil e Militar da Bahia, por meio da Delegacia Territorial de Itanhém e da 44ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), cumpriram, no final da tarde desta quarta-feira (23), mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra Lucas Alves de Jesus, investigado por aplicar uma série de golpes no município.
Lucas Alves, que atuava anteriormente como vendedor externo de uma empresa de consórcios de motocicletas, é acusado de utilizar indevidamente o nome e a imagem da companhia para enganar consumidores. Mesmo após ter sido desligado da empresa, ele continuou se apresentando como funcionário da marca, oferecendo falsos consórcios e recebendo pagamentos diretamente das vítimas.
Um dos casos que motivou a prisão preventiva envolve a vítima B.C.F., que realizou transferências no valor total de mais de R$ 4.000,00, acreditando estar adquirindo uma motocicleta modelo CG 160 Start por meio de um consórcio. A fraude só foi descoberta após a vítima procurar a loja física e ser informada de que não havia sido contemplada e que o investigado não era mais funcionário da empresa.
As investigações conduzidas pelo delegado Bruno Ferrari revelaram que o golpe não foi um episódio isolado. Outras vítimas, como D.G.S., que teve prejuízo superior a R$ 11.000,00, além de L.J.S. e A.A.J., também registraram boletins de ocorrência relatando o mesmo tipo de fraude. Em todos os casos, Lucas teria se aproveitado da confiança das vítimas, simulando vínculo empregatício e recebendo valores indevidamente.
"A prisão preventiva foi imprescindível para cessar a continuidade delitiva e proteger outras potenciais vítimas, especialmente diante da reiterada conduta criminosa e do uso fraudulento das redes sociais pelo investigado para manter aparência de legitimidade”, destacou o delegado Bruno Ferrari.
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na residência de Lucas, localizada na Rua Alvorada, no Centro de Itanhém, foram recolhidos aparelhos eletrônicos e outros materiais que poderão ser utilizados como prova na investigação.
Lucas Alves de Jesus deverá responder por estelionato (art. 171 do Código Penal), podendo haver agravantes caso se comprove que os crimes foram cometidos contra pessoas em situação de vulnerabilidade social.
As investigações seguem em andamento, com o objetivo de identificar outras possíveis vítimas e mensurar a totalidade dos prejuízos causados. A Polícia Civil reforça o apelo para que pessoas lesadas por golpes semelhantes compareçam à Delegacia Territorial de Itanhém ou à unidade policial mais próxima para formalizar a denúncia.
