"Se a oposição pensa que vai ser candidata, que vai ganhar, que não vai ter disputa, que o PT está acabado, pode ficar certo o seguinte: que se for necessário, eu vou para a disputa"
Nesta sexta-feira (28), o ex-presidente Lula afirmou que, se for necessário, irá disputar a presidência em 2018. Lula destacou que nada está definido com relação a isso, e que espera que outras pessoas se candidatem, mas que não descarta entrar na disputa:
"Não sei [se vou ser candidato]. Não posso dizer nem que sou nem que não sou. Sinceramente espero que tenha outras pessoas para serem candidatas. Agora, uma coisa pode ficar certa. Se a oposição pensa que vai ser candidata, que vai ganhar, que não vai ter disputa, que o PT está acabado, pode ficar certo o seguinte: que se for necessário, eu vou para a disputa e vou trabalhar para que a oposição não ganhe as eleições", afirmou em entrevista para uma rádio de Montes Claros (MG).
Lula também comentou sobre o atual momento econômico: "Ela [Dilma] trabalha com a ideia de que nós vamos ter um 2015 sofrido, como nós estamos tendo, com dificuldades, mas na expectativa de que nós vamos ter um 2016 que comece a melhorar."
Com relação às investigações sobre corrupção na Petrobras, Lula disse que não tinha conhecimento dos desvios na estatal. "Eu até gostaria de ter sabido antes. Eu não sabia. A Polícia Federal não sabia. A imprensa não sabia. O Ministério Público não sabia. A direção da Petrobras não sabia. Só se ficou sabendo depois que houve um grampeamento e pegou o tal de Youssef, que já tinha muitas passagens pela polícia, falando com outros caras. Ninguém sabia."
O ex-presidente destacou que a Petrobras não pode ser julgada pelos erros de uma minoria de servidores. "A Petrobras tem quase 86 mil trabalhadores. A gente não pode ficar julgando a Petrobras por causa de uma, duas ou dez pessoas que cometeram erros."
Lula também falou sobre o PT: "O PT cometeu desvios porque começou a fazer política igual aos outros partidos políticos. O PT era para ser diferente de verdade."