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Rui avalia toque de recolher em toda a Bahia para conter avanço da covid-19

Rui avalia toque de recolher em toda a Bahia para conter avanço da covid-19

O governador Rui Costa afirmou hoje (16), em entrevista à TV Bahia, que não descarta a possibilidade de implementar medidas restritivas, como o toque de recolher, em todo o estado, com o objetivo de conter o avanço do coronavírus. Segundo Rui, o decreto de toque de recolher teria o objetivo de “evitar o pior”, como a falta de leitos de UTI. O governador ainda disse entender que a medida é impopular, porém necessária.

“Nós vamos sim adotar medidas restritivas para outras atividades. Inclusive, analiso a possibilidade de, se mantiver ao longo desta semana estas mesmas taxas, nós implementarmos o toque de recolher em todo o estado da Bahia para evitar o pior: cenas de homens e mulheres, idosos, jovens e adultos, clamando por um leito hospitalar sem ter para salvar a vida das pessoas. Essa imagem não queremos e eu não vou ficar passivo, mesmo que contrariando a opinião de alguns”, afirmou.

As secretarias de Saúde do Estado e da capital baiana têm alertado para o aumento da demanda de leitos de UTI para Covid-19. Na manhã de hoje, o secretário municipal de Saúde, Leo Prates, afirmou que o cenário é de alerta máximo e que o sistema de saúde está pressionado como nunca esteve durante a pandemia.

O governador disse que terá reunião com prefeitos na União de Prefeitos da Bahia (UPB) na tarde de hoje, quando esse "passo para trás" será discutido. O prefeito de Salvador, Bruno Reis, estará presente. "Vou propor que o governo do estado, junto com as prefeituras, dê um passo atrás no funcionamento de várias atividades econômicas. Não podemos ter atividades essenciais sendo comprometidas enquanto as pessoas se acham no direito de fazer aglomeração e farra", afirmou. 

Ele reafirmou a possibilidade de um toque de recolher em todo estado. "Analiso a possibilidade, se mantiver ao longo dessa semana essas mesmas taxas, nós implementarmos o toque de recolher em todo estado da Bahia, para evitar o pior. Evitar ter cenas de homens e mulheres, idosos, jovens, adultos, clamando por um leito hospitalar, sem ter. Essa imagem não queremos e não ficarei passivo, mesmo contrariando opinião de alguns", disse.

Rui elencou algumas atividades que acha que não deveriam estar funcionando, como bares, cinemas e festas, citando que aglomeração em ambientes fechados é mais perigoso. "Cinema, teatros, ambientes fechados, a taxa de contaminação é maior. Temos que fazer escolha. Ou fechamos fábrica, comércio, ou fechamos bares, restaurantes, que têm ambientes confinados. Nós temos que escolher juntos, governo e sociedade. O que é melhor? Chegar no colapso e ter que fechar tudo ou a gente escolhe o que fechar. Entendo que no momento tá se morrendo muita gente, não tem leito para todo mundo, ter um bar funcionando não é essencial. Ter festa rolando, mesmo para 100 pessoas, não é essencial. Está no momento de fechar para evitar o pior".

Foto : Paula Fróes/GOVBA

Por: MDD
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