A cúpula da Polícia Militar voltou a ser alvo de denuncias de corrupto, após uma operação do Ministério Público do Rio e pela secretaria de Segurança do Estado. Em depoimento, um dos 16 presos na última quinta-feira (9), disse que parte das propinas arrecadadas por policiais corruptos eram entregues ao Estado-maior da PM, em reuniões semanais.
Um depoimento similar j fora dado por outro policial, em setembro, durante as investigações da operação Amigos S/A –que culminou com a prisão de 26 pessoas, entre elas o comandante do COE (Comando de Operações Especiais), coronel Alexandre Fontenelle.
Os dois policiais afirmam que "havia um comentário generalizado entre a tropa” de que as propinas arrecadadas por policiais corruptos nos batalhes eram repassadas cúpula. No entanto, nenhum dos dois especificou a qual comando se referiam e nem deram nomes dos supostos corruptos.
Entre os presos da última quinta-feira esta o comandante do batalho da Ilha do Governador (17 BPM), coronel Dayzer Corpas. As investigações apontaram que o coronel foi beneficiado com o valor da negocião de dois traficantes que haviam sido sequestrados, detidos durante uma barreira policial.
A ao do sequestro foi flagrada por câmeras, que mostram cinco supostos traficantes sendo detidos pelos policiais. No entanto, somente três foram apresentados na delegacia pelos PMs. O coronel Corpas teria recebido R$ 40 mil na negociação.
O programa "Fantástico”, da TV Globo, deste domingo (12), mostrou imagens das câmeras das viaturas que flagraram os policiais escondendo um fuzil apreendido na ao. Em gravação telefônica autorizada pela Justiça, um policial conversa com um suposto traficante do morro do Dendê, na zona norte do Rio, negociando a venda do armamento apreendido.
A cúpula da Polícia Militar disse, em nota, que j tomou conhecimento das denúncias e que repudia todas as afirmações. Desde que a primeira denúncia veio tona, o comando da PM disponibilizou a lista de funcionários que trabalham no Quartel-general da corporação, assim como dados sobre evoluo patrimonial ao Ministério Público.
Fonte: G1.com