Na última quinta-feira (21) foi divulgado o conteúdo da decisão judicial que pediu a prisão da pastora Juliana Salles, de Linhares, Espírito Santo. O juiz André Bijus Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, a indiciou de participação no crime, mesmo não estando presente, por saber do risco que eles corriam.
O documento de quatro páginas do juiz esclarece ainda mais o caso. Segundo informações obtidas dos celulares de Juliana Salles e de George Alves, ela tinha conhecimento de que os filhos, de 6 e 3 anos, sofriam abusos sexuais, e “tinha ciência do comportamento sexual incompatível com a pregação”.
– Juliana tinha conhecimento dos supostos abusos sexuais sofridos pelos seus filhos e vítimas, tanto que em uma conversa entre os acusados (ela e o marido), a vítima Kauã, de 6 anos, reagiu emocionalmente após ter sofrido “maldades” por parte de dois “caras” na piscina, entretanto, eles não tomaram qualquer medida ou providência em relação ao ocorrido – relata o documento judicial.
Além dos abusos, o magistrado informa que Kauã, fruto de um relacionamento anterior de Juliana com Rainy Butkovsky, era maltratado pelo padrasto “inclusive que deixava faltar alimento, medicamento e atendimentos médicos”. E, para ele, os dois premeditaram o crime.
– George em parceria com a pastora Juliana buscava uma ascensão religiosa e aumento expressivo de arrecadação de valores por fiéis e, para esta finalidade, ceifou a vida dos menores Kauã e Joaquim para se utilizar da tragédia em seu favor – declarou na decisão.