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Marta Suplicy, critica Dilma e o PT e afirma: ‘ Ou o PT muda ou acaba’.

Marta Suplicy, critica Dilma e o PT e afirma: ‘ Ou o PT muda ou acaba’.

 

 

 

 

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que estará nas bancas neste domingo (11), a ex-ministra da Cultura e senadora Marta Suplicy (PT) faz uma série de críticas à presidente Dilma Rousseff e aos rumos do PT, partido que ajudou a fundar. Segundo ela, ou o PT muda ou acaba.

Na entrevista, Marta cita episódios em que o ex-presidente Lula também teria criticado Dilma. E sugere que ele gostaria de ter sido candidato em 2014. A senadora, porém, afirma que Lula nunca admitiu esse desejo a ela.

Nunca admitiu, mas decepava (sic) ela: Não ouve, não adianta falar, contou.

Para Marta, Lula pode ter desistido de enfrentar Dilma para evitar uma disputa em que os dois iriam perder.

ECONOMIA

A senadora definiu a política econômica de Dilma como fracasso e disse que a presidente não mudou os rumos da gestão porque isso fortaleceria a candidatura do Lula.

Apesar de elogiar a nova equipe da Fazenda, composta por Joaquim Levy e Nelson Barbosa, Marta sugere não acreditar que eles terão independência para trabalhar.

É preciso ter humildade e a forma de reconhecer os erros é deixar a equipe trabalhar. Mas ela não reconheceu na campanha, nem no discurso de posse. Como que ela pode fazer agora?.

Questionada se a nova equipe econômica poderia recorrer a Lula se contrariada, a senadora afirmou: Você não está entendendo [referindo-se à jornalista]. O Lula está fora, totalmente fora.

Em relação à cisão entre lulistas e dilmistas no partido, Marta definiu o atual chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, como inimigo e disse que o presidente da sigla, Rui Falcão traiu o projeto do PT.

A senadora diz apostar em uma disputa entre Mercadante e Lula em 2018.

Mercadante mente quando diz que não será candidato. Ele é candidatíssimo e está operando nessa direção desde a campanha, quando houve complô dele com Rui e João Santana [marqueteiro do partido] para barrar Lula.

Marta se diz decepcionada com o próprio partido e que se sente há muito tempo alijada e cerceada. Cada vez que abro um jornal fico estarrecida (...) É esse o partido que ajudei a criar e fundar?.

Apesar disso, a senadora diz que ainda é uma decisão duríssima a de abandonar o PT.Não tomei a decisão nem de sair, nem para qual partido, mas tenho portas abertas e convites de praticamente todos, exceto PSDB e DEM.

Ela também não confirma se disputará a prefeitura de São Paulo em 2016, mas diz que a mudança de sigla não ocorrerá em função disso. No caso, ela enfrentaria o prefeito Fernando Haddad (PT).

Procurados pela Folha para comentar a entrevista, o Planalto, o Instituto Lula e Mercadante preferiram não se manifestar. Falcão não foi encontrado

 

Fonte: O Estadão

Por: MDD
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