Na condução da articulação para ganhar um alivio na crise política e
convencer o Senado a fazer um bloqueio contra as matérias com grande
impacto fiscal aprovadas na Câmara, sob o comando do presidente Eduardo
Cunha, a presidente Dilma Rousseff jantou na noite de segunda-feira no
Palácio da Alvorada com 43 senadores e 21 ministros.
De acordo com informações do jornal O Globo, sem anunciar medidas,
Dilma Rousseff fez um apelo para que os senadores da base aliada barrem a
pauta-bomba da Câmara. Ela ressaltou não se tratar de "confrontação"
com a Câmara, chamou de ilegítima a atuação da oposição e surpreendeu os
presentes ao elogiar os governos militares por sua preocupação em
instituir um código tributário para o país, deixando um legado econômico
para o Brasil.
Em seu apelo, a petista disse que isso não significa um contraponto com
a Câmara, mas que era preciso recuperar o que foi a razão da criação da
Câmara Alta como Casa moderadora e revisora. "Ela fez um apelo para ter
a colaboração do Senado, sem confrontação, para ajudar o país nessa
hora de dificuldades”, disse o senador Jorge Viana (PT-AC).
Ainda de acordo com a publicação, uma parte dos senadores saiu
frustrada com o fato de Dilma não ter anunciado nenhuma medida concreta
para tranquilizar a sociedade: nada de reforma ou redução de
ministérios. Na ausência do presidente do Senado, Renan Calheiros, a
presidente Dilma citou que o Senado estava propondo uma agenda de
alternativas "altamente positivas", que estava sendo analisada e deveria
ter o apoio do governo.
Dilma pretende fazer reuniões menores, consideradas mais produtivas,
com parlamentares e lideranças políticas no final desta semana e no
início da próximas.
Por: MDD