A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República
divulgou nota afirmando que a presidenta Dilma Rousseff confia no
presidente americano, Barack Obama, e em seu compromisso de que não
haverá mais espionagem contra o Brasil e empresas brasileiras.
Segundo informações do site WikiLeaks divulgadas hoje (4), teriam sido
interceptadas ligações de 29 números de telefone do governo brasileiro,
incluindo a Presidência da República, o Ministério da Fazenda, o Banco
Central e o Ministério das Relações Exteriores.
Segundo a nota, a presidenta Dilma considera o assunto superado. "Em
várias circunstâncias, a presidenta Dilma Rousseff ouviu do presidente
Barack Obama o compromisso de que não haveria mais escutas sobre o
governo e empresas brasileiras, uma vez que os EUA respeitam os 'países
amigos'".
Na nota divulgada pela secretaria, a Presidência da República afirma
ainda que a parceria estratégica entre o Brasil e os Estados Unidos se
tornará cada vez mais forte e que a relação é baseada em respeito mútuo e
no desenvolvimento de ambos os povos.
O ministro da Secom, Edinho Silva, já havia dito que o governo
considera o episódio superado e que as escutas telefônicas reveladas são
de 2011. "A presidenta acabou de chegar de uma viagem produtiva aos
Estados Unidos e vários acordos foram fechados. O foco agora é a
manutenção das boas relações com os Estados Unidos e os futuros
investimentos", disse o ministro.
Segundo o WikiLeaks, a lista inclui o atual ministro do Planejamento,
Nelson Barbosa, que, na época das interceptações telefônicas, era
secretário executivo do Ministério da Fazenda. Também foi monitorado o
ex-chefe da Casa Civil de Dilma, Antonio Palocci, que foi ministro da
Fazenda no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Luiz Awazu Pereira da
Silva, ex-diretor do Banco Central, também aparece na lista, assim como o
ex-ministro das Relações Exteriores Luiz Alberto Figueiredo, que ocupou
o cargo entre 2013 e o início de 2015.
Por: MDD