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Dilma decide tirar Graça Foster da presidência da Petrobras.

Dilma decide tirar Graça Foster da presidência da Petrobras.

 
Apesar de manter Graça Foster no maior cargo da Petrobras até quando pôde, a presidente Dilma Rousseff decidiu substituir a chefia da estatal. Segundo o Jornal Folha de S.Paulo divulgou nesta terça-feira (3), o Palácio do Planalto já informou Foster da decisão.

Ainda de acordo com a Folha, o que fez Dilma decidir pela substituição foi a divulgação do cálculo da Petrobras sobre os desvios que apontava baixa de R$ 88,6 bilhões e a imagem desgastada devido à muitos escândalos. O substituto de Foster ainda está sendo analisado pelo governo.

Amigas, Dilma está preocupada pessoalmente com a ex-presidente da Petrobras. Segundo a Folha, a executiva estaria sob forte pressão emocional devido à toda situação.

Imagem desgastada
Graça Foster havia sofrido mais um grande desgaste na última semana semana ao divulgar avaliação de que ativos da estatal estariam inflados em R$ 88,6 bilhões. E sua imagem no Palácio do Planalto piorou ainda mais com as declarações de que a exploração de petróleo cairá "ao mínimo necessário” e de que haverá corte de investimentos e desaceleração de projetos.

Mesmo assim, a presidente Dilma Rousseff e os ministros entenderam que, apesar dos problemas e da sustentação política da executiva ter descido mais um degrau, era importante a permanência de Graça no cargo para continuar na função de colchão, uma barreira para evitar que a crise da empresa atingisse o Palácio do Planalto e a própria presidente Dilma diretamente.

"Foi mais um desgaste”, disse um interlocutor direto da presidente Dilma, ao revelar que, apesar disso, "não há nenhum sinal” de que o comando da empresa seria alterado.

Dilma, no entanto, continuou a resistir às pressões porque acreditava na capacidade e na honestidade de Graça Foster, além do que a eventual saída levaria a crise para dentro do Palácio.

Perdas e danos
Graça Foster teria agido de forma ingênua ao revelar a estimativa de R$ 88,6 bilhões de perdas potenciais com ativos superavaliados. Além disso, lembra-se nos bastidores que os números contabilizados como ligados à corrupção na empresa eram da ordem de R$ 4 bilhões. Da forma como Graça apresentou, ficou parecendo que todos os R$ 88,6 bilhões se referiam a desvios.

Nessa conta, está embutida também a variação em dólar do preço do petróleo e de projetos mal planejados.

A justificativa de Graça era de que o mercado cobrava este dado e que, ao apresentar o número, liquidaria esta questão de uma só vez. Tudo isso, no entanto, acabou causando um dano à imagem da Petrobras.

Ao anunciar que os investimentos seriam reduzidos e a exploração de petróleo cairá "ao mínimo”, Graça Foster foi na contramão do últimos discursos da presidente Dilma, seja na sua diplomação, na posse ou mesmo na última terça-feira, durante a primeira reunião ministerial.

Em todas estas oportunidades, além da presidente ter falado na melhoria da governança da empresa, Dilma reiterou que a Petrobras "é a mais estratégica para o Brasil e a que mais contrata e investe no País”.

Fragilidade
A declaração de Graça Foster foi entendida como mais um sinal de fragilidade, já que demonstraria a desaceleração da atividade primordial de buscar novas áreas de produção.
Por: MDD
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