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Bahia registra novos casos de doença que deixa ‘urina preta’ ao consumir peixe

Bahia registra novos casos de doença que deixa ‘urina preta’ ao consumir peixe

Na Bahia foi registrado três novos casos da doença de Haff, que deixa a urina com a cor de café. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, na última quinta-feira (12), os casos aconteceram na cidade de Camaçari e todos têm associação com o consumo de um peixe conhecido como “olho de boi”.

Segundo a Sesab, a doença de Haff é uma síndrome de rabdomiólise, que causa ruptura de células musculares sem explicação. Além da mudança na coloração da urina, que está associada a elevação da enzima CPK, os pacientes com a doença também apresentam ocorrência súbita de extrema dor e rigidez muscular, dor torácica, falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo. Além disso, a doença pode evoluir rapidamente com insuficiência renal e, se não tratada adequadamente, pode levar o paciente a óbito.

Em agosto de 2020, o município de Entre Rios registrou três casos suspeitos de doença de Haff com relato de ingestão do pescado. Na ocasião, conforme a Sesab, cinco pessoas da mesma família comeram o peixe “olho de boi”. Por volta de sete horas depois, um indivíduo de 53 anos apresentou os primeiros sintomas, que foram fortes dores no corpo, tontura, náuseas e fraqueza. Outros familiares apresentaram os mesmos sintomas na sequência.

Segundo o Bahia.ba, em Salvador, nos meses de setembro e outubro, duas unidades hospitalares notificaram a ocorrência de casos da doença de Haff, totalizando seis pacientes que apresentaram início súbito de dor muscular de origem não determinada.

Em nota, a pasta alertou que a população procure uma unidade de saúde imediatamente assim que os primeiros sintomas forem identificados. Por outro lado, uma nota técnica destinada aos profissionais de saúde, alerta que seja observado inicialmente a coloração da urina. Caso esteja escura, será necessário que o paciente seja hidratado rapidamente entre 48 a 72 horas. É preciso também evitar o uso de anti-inflamatórios.

Orientações gerais à população:

• Aos primeiros sintomas, busque uma unidade de saúde imediatamente e identifique outros indivíduos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possíveis novos casos da doença.

Aos profissionais de saúde:

• Observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta e o desenvolvimento de rabdomiolise, pois neste caso, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 a 72 horas.
• Evitar o uso de antiinflamatórios.
• Na ocorrência de casos suspeitos, recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK), TGO e monitorização da função renal;

 

Por: MDD

Por: MDD
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