Negromonte, um dos 25 investigados nesta fase da Lava-Jato, é o irmão mais velho do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, e trabalhava para o doleiro Alberto Youssef. Segundo a PF, sua função era entregar dinheiro a políticos.
"Nem sabemos qual é a acusação contra o sr. Adarico, mas decidimos apresentá-lo voluntariamente", declarou a advogada Joyce Roysen, que defende o irmão do ex-ministro e comunicou a medida à PF.
Joyce destacou que soube pela imprensa da existência da ordem de prisão
temporária contra Adarico. Na semana passada, ela pediu revogação do
decreto judicial. "Como não houve manifestação do Ministério Público
Federal, nem decisão da Justiça sobre o nosso pedido, achamos melhor
apresentar (o irmão do ex-ministro)."
A PF atribui a Adarico
Negromonte o papel de ‘mula’ da organização criminosa de Youssef, alvo
principal da Lava Jato. Segundo a PF, o doleiro usava o irmão do
ex-ministro, um agente da própria corporação e um condenado por crimes
financeiros, para fazer o transporte dos valores em espécie dentro de
malas, maletas e no próprio corpo para agilizar a lavagem de dinheiro e
manter um "eficiente sistema de delivery do caixa 2".
A advogada
Joyce Roysen repudia o termo "foragido da Justiça" para Adarico. "Não é
condizente, pois em momento algum foi realizada diligência na residência
dele, na cidade de Registro (SP)."