A tarde deste domingo, 15 de junho, foi marcada por indignação e constrangimento para os familiares de Helena Medina de Souza, de 93 anos, conhecida carinhosamente como “Leneira”, moradora do tradicional bairro São Bernardo, em Medeiros Neto.
Durante o sepultamento da idosa, no Cemitério Alto da Colina, os familiares relataram uma situação inaceitável. Ao chegarem ao local, por volta das 17h, encontraram o portão do cemitério trancado com cadeado, sem a presença de qualquer funcionário da administração e sem as ferramentas necessárias para o sepultamento, como pás e enxadas.
Sem outra alternativa, os próprios familiares precisaram arrebentar o cadeado do portão para ter acesso ao espaço e prosseguir com o sepultamento — em meio à dor da perda e à frustração pela falta de estrutura e de respeito em um momento tão delicado.
Na manhã desta segunda-feira (16), em novo contato com a nossa redação, o filho da senhora Leneira — responsável pela gravação do vídeo — contou que o corpo de sua mãe aguardou por quase uma hora para ser sepultado. Isso só foi possível porque o funcionário da funerária responsável pelo translado do corpo saiu do cemitério para buscar outro colaborador, possibilitando, enfim, a realização do sepultamento.
Um vídeo gravado pelos presentes, que circula nas redes sociais, mostra o desabafo de membros da família, revoltados com a situação. As imagens foram enviadas à redação do site Medeiros Dia Dia e retratam a comoção e a indignação diante do caso.
Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura Municipal de Medeiros Neto — ou o setor responsável pela administração do cemitério — ainda não havia se manifestado sobre o ocorrido.
O espaço permanece aberto para esclarecimentos e manifestações por parte da administração municipal, caso deseje se posicionar sobre o episódio.
Fica o registro do nosso pesar e da solidariedade à família da saudosa Leneira, que, além da dor da perda, teve que enfrentar um episódio lamentável.
