O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) informou que pedirá reforço policial para região de Prado, no sul baiano, no dia do segundo turno, marcado para o domingo que vem (30).
O pedido vem depois de uma denúncia de que indígenas da região teriam sido impedidos de votar no primeiro turno por conta de ameaças de homens armados.
Em nota, o TRE-BA diz que o cartório da 112ª Zona Eleitoral, responsável pelas atividades no município, instaurou procedimento para apurar melhor a denúncia.
O cartório já prestou esclarecimentos ao Ministério Público Eleitral, informando que até agora não houve nenhuma reclamação de eleitor da comunidade indígena em relação a ter seu direito ao voto cerceado.
A zona ainda atuou ao lado de órgãos da prefeitura para ajudar na logística de transporte de eleitores das comunidades indígenas de Prado.
A denúncia veio à tona na semana passada, depois de uma visita da Caravana Intelectual Indígena, com vários órgãos da sociedade civil, feita à região.
Policiamento
O presidente do TRE-BA, o desembargador Roberto Maynard Frank, se reuniu nesta segunda com representantes da SSP para falar da segurança na eleição em geral.
A SSP diz que atuou com "força máxima" no primeiro turno para garantir o direito ao voto para todos os baianos e turistas que estavam em trânsito no estado. A estrutura será mantida para o segundo turno.
O órgão diz que "determinará uma atenção especial ao Extremo Sul e solicita aos indígenas que anormalidades e crimes eleitorais, na véspera ou no dia da votação, sejam registrados nas Delegacias Territoriais (DTs) da região".
Violência
A região vive um clima de violência, com vários ataques registrados contra indígenas, inclusive a morte de um adolescente em uma fazenda de Prado no dia 4 de setembro. Gustavo Conceição da Silva, de 14 anos, foi assassinado por homens que chegaram armados em dois veículos.
Dias depois, uma força-tarefa da SSP foi enviada à região para tentar impedir novos confrontos entre indígenas e fazendeiros.
Por: MDD
Fonte: Correio