Reviravolta no caso da morte de Sueli Ferreira Souza, conhecida como "Pretinha”, encontrada morta a golpes de faca dentro de sua casa na manhã da última sexta-feira, 24 de fevereiro, na Rua do Derba, às margens da BA-290, em Medeiros Neto.
Após o crime, três testemunhas (Tamires, Breno, vulgo "Meota” e "Lora”) apontaram Nivaldo de Jesus Araújo, 34 anos, como autor do crime. Ele foi preso no final daquela manhã e conduzido para Teixeira de Freitas.
Na manhã desta terça-feira (28), o caso ganhou uma nova versão. Marileide Neves da Cruz de Jesus, conhecida como "Lora”, procurou o major Edmar Leão, comandante da 44ª CIPM, e apontou um homem de prenome Breno, o "Meota”, e sua namorada Tamires como os verdadeiros autores do crime.
Segundo ela, eles teriam forjado uma versão incriminando Nivaldo para ficarem impunes. Na verdade, o homem, que se encontra detido, passou no local e teria apenas pedido uma faca para cortar salame e foi embora logo em seguida.
A NOVA VERSÃO
Ao encontrar com o Major Leão, "Lora" relatou que todos estavam em sua residência, por volta das 23 horas, fazendo o uso de bebidas alcoólicas, quando as partes envolvidas começaram uma discussão. "Meota” deu um soco em "Pretinha”, que caiu e levou chutes e pontapés do casal.
Marileide Neves da Cruz
de Jesus (Lora). Suspeita de participação.
A vítima saiu em direção a sua casa, afirmando que iria pegar uma faca para matar Tamires. Ela foi seguida e novamente agredida na parte externa da sua residência.
Muito ferida, "Pretinha” entrou e, após alguns minutos, o "Meota” teria chutado a porta da casa e entrado, retornando algum tempo depois, dizendo que a havia matado.
Casa de Lora, onde começaram as agressões à vítima.
Ainda segundo "Lora”, a todo instante ela era ameaçada pelo casal, evitando que não prestasse socorro ou até mesmo acionasse a polícia. Antes de o crime ser cometido, ela conta ter ouvido "Pretinha” pedir: "Gente, não me mata, não!”.
Após o crime, os três saíram correndo pelos fundos e, na fuga, "Meota” jogou a faca dentro de um esgoto e voltaram para sua casa. Quando eles chegaram, teriam se trocado e jogado as roupas sujas de sangue e lama atrás do muro, em um matagal.
A Polícia Militar acompanhou Marileide Neves da Cruz de Jesus até o local onde "Meota" teria jogado a faca usada para cometer o crime. A faca não foi encontrada.
Nesse momento, fizeram novamente ameaças à testemunha, dessa vez sugerindo que ela confirmasse o que eles dissessem ou a matariam. De acordo com "Lora”, de consciência pesada, ela contou o ocorrido para alguém e a conversa chegou aos ouvidos de Tamires. Na madrugada da última terça-feira, por volta das 2 horas da manhã, Tamires e "Meota” foram em sua casa para matá-la.
Roupas usadas pelos suspeitos para praticar o assassinato.
Marileide Neves da Cruz de Jesus, ("Lora”), foi encaminhada para Teixeira de Freitas, onde foi ouvida pelo delegado plantonista, Dr. Ricardo Amaral. As investigações visando esclarecer as participações de "Meota”, Tamires e "Lora” estão sob a responsabilidade do delegado substituto de Medeiros Neto, Dr. Jorge da Silva Nascimento.
Se ficar provada a nova versão, eles irão responder por homicídio e falsa acusação. A prisão preventiva dos suspeitos deverá ser pedida nos próximos dias. Todos têm passagem pela justiça por tráfico de drogas, agressões, furtos e tentativas de homicídios. Nivaldo de Jesus Araújo, preso injustamente pelo crime, teve a sua prisão relaxada no último fim de semana.
POR SESSÉ GUIMMAS / SITE MEDEIROS DIA DIA