Salvador, 10 de setembro de 2024 - Alexsandra de Jesus Lisboa, de 39 anos, faleceu no último domingo, 8 de setembro, no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, após não resistir aos ferimentos causados por queimaduras graves. A mulher estava internada desde o dia 16 de junho, quando sofreu um ataque brutal de seu ex-marido no município de Ibirapuã.
De acordo com as investigações, o autor do crime, identificado como Enéas de Jesus, agrediu Alexsandra de Jesus no meio da rua e a forçou a ir para sua casa. Lá, ele jogou álcool no corpo da ex-esposa e ateou fogo com um isqueiro, além de trancá-la dentro do imóvel. Desesperada, Alexsandra conseguiu pular um muro e pedir ajuda. Ela foi socorrida pela Polícia Militar e recebeu os primeiros socorros do Samu, sendo encaminhada inicialmente para uma unidade de saúde local. Devido à gravidade dos ferimentos, Alexsandra de Jesus foi transferida para Salvador.
Enéas foi preso em flagrante no mesmo dia do crime, em uma ação rápida da Polícia Militar, e conduzido à delegacia de Polícia Civil, onde permanece detido.
Contexto e Repercussão
O caso de Alexsandra de Jesus Lisboa chocou a comunidade de Ibirapuã e levantou novamente a discussão sobre a violência doméstica no Brasil. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o país registra altos índices de violência contra a mulher, com milhares de casos de agressão e feminicídio todos os anos.
Especialistas apontam a necessidade de políticas públicas mais eficazes e de uma rede de apoio robusta para as vítimas de violência doméstica. “É fundamental que as mulheres tenham acesso a mecanismos de proteção e que os agressores sejam punidos com rigor”, afirma a socióloga Maria Silva.
Medidas de Prevenção
Organizações não governamentais e movimentos sociais têm intensificado campanhas de conscientização e apoio às vítimas. A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, é uma das principais ferramentas legais para combater a violência doméstica no Brasil, mas sua aplicação ainda enfrenta desafios.
A tragédia de Alexsandra de Jesus Lisboa é um lembrete doloroso da urgência em fortalecer essas medidas e garantir que nenhuma mulher sofra em silêncio.
