Na tarde desta segunda-feira, dia 15 de julho, o site MedeirosDiaDia esteve presente na portaria da Construtora Planova, na cidade de Medeiros Neto, para cobrir mais um episódio de protesto, às margens da BA-994, que liga a Vereda. Os trabalhadores, em uma manifestação pacífica, reivindicam seus direitos e denunciam supostas práticas irregulares por parte da empresa.
Roberto, um dos reclamantes e porta-voz dos colegas, explicou que a principal questão é o parcelamento indevido de valores. A empresa estaria depositando uma primeira parcela via PIX nas contas dos funcionários sem o devido consentimento, parcelando o restante em três vezes. Além disso, muitos trabalhadores são de outras cidades, distantes até 2.000 quilômetros, e enfrentam dificuldades para receber seus direitos.
Segundo Roberto, apesar das reuniões com representantes da empresa, nenhum acordo foi alcançado até o momento. Os trabalhadores aguardam o pagamento do FGTS e a quitação das rescisões contratuais há 11 dias, sem previsão de retorno para suas casas.
Condições precárias e falta de solução
O protesto ganhou força quando um engenheiro da empresa ameaçou cortar o fornecimento de água e restringir o acesso aos banheiros e à alimentação. A situação é recorrente e os trabalhadores decidiram fechar a portaria como forma de chamar a atenção para seus direitos.
Os sete manifestantes são provenientes de diferentes estados, incluindo Juazeiro, na Bahia, Belém e Macapá. Todos vieram para prestar serviços à construtora e agora enfrentam constrangimento devido aos erros da empresa.
Os funcionários se recusam a aceitar o parcelamento, alegando que a Planova, que presta serviços para a Neoenergia, costuma pegar a primeira parcela e, depois que os funcionários retornam para suas cidades de origem, não pagam o restante.
Empresa em silêncio
A Construtora Planova, com sede em Barueri, São Paulo, ainda não se manifestou sobre o caso. No decorrer desta segunda-feira, diretores acionaram a Polícia Militar para tentar retirar os manifestantes, mas a PM reconheceu a legitimidade do protesto.
A Redação do MedeirosDiaDia continua acompanhando o desenrolar da situação e mantém espaço aberto para a Construtora Planova e seus representantes se pronunciarem.