Em um movimento que gerou controvérsia e indignação entre moradores e membros da comunidade educacional de Caravelas, o prefeito Silvio Ramalho anunciou a instauração de um Processo Administrativo Disciplinar contra a professora e diretora escolar Vilmara Rocha dos Santos. O ato, publicado na Portaria n.º 256, de 12 de agosto de 2024, é visto por muitos como uma forma de perseguição política.
Vilmara Rocha dos Santos, que há mais de 20 anos exerce a função de professora concursada e ocupa o cargo de diretora na Escola Municipal José Luiz de Souza, é acusada de supostamente incitar alunos a fazerem gestos ligados a um grupo político-partidário. A portaria alega que a conduta foi evidenciada por uma imagem publicada em redes sociais.
O processo administrativo foi instaurado após Vilmara participar da convenção do Dr. Adauto, vice-prefeito e candidato da oposição nas eleições locais. A decisão do prefeito é amplamente criticada como um ataque à democracia e à liberdade de expressão, e muitos veem a ação como uma tentativa de intimidação política.
Críticos do ato, incluindo membros da comunidade educacional, argumentam que a medida é temerária e reprovável, afrontando não apenas Vilmara, mas também contradizendo a candidata da situação, que também é professora. O comportamento do prefeito, segundo eles, reflete um espírito vingativo que não condiz com os princípios democráticos.
A Portaria determina que Vilmara seja afastada de suas funções por um prazo inicial de 60 dias, com a possibilidade de prorrogação por igual período. Para a investigação, foram nomeados os professores Domingas Francisca Gomes, Almay Souza Costa e Neuma Correa Soares para compor a comissão responsável pela análise do caso.
A situação provocou uma onda de indignação nas redes sociais. A APLB (Associação dos Professores Licenciados da Bahia) e diversos grupos de pais e alunos se manifestaram em repúdio à atitude da candidata. Eles destacam que essa postura não apenas prejudica a professora, mas também mancha o início da carreira política de Vaninha, que, ao perseguir seus próprios colegas de profissão, demonstra uma falta de respeito pela categoria.
O prazo para conclusão do Processo Administrativo Disciplinar não deverá exceder 60 dias, período no qual a comunidade aguarda para ver o desenrolar dos eventos e as possíveis repercussões políticas e sociais dessa ação.