"Se o Brasil precisar, serei presidente em 2018", diz Lula em festa do PT
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a cerimônia de aniversário de 36 anos do PT para se defender das acusações de ser beneficiado por empreiteiras e convocar a militância do partido para defendê-lo e ao governo de Dilma Rousseff nas ruas.
Em discurso exaltado de quase 40 minutos, Lula acusou o Ministério Público e a imprensa de trabalhar para "destruir o PT" e disse que pode se candidatar à presidência novamente se o partido e os militantes entenderem que a "manutenção do projeto está em risco" "A gente não pode levar desaforo para casa toda vez que falarem merda da gente", afirmou, dizendo que acabou a fase 'Lulinha Paz e Amor' --expressão cunhada na campanha de 2002, diante da mudança de postura de Lula em relação às eleições presidenciais anteriores.
Lula defendeu o governo Dilma e se referiu à militância como "soldados, guerreiros e guerreiras" que devem ir às ruas lutar contra o movimento pelo impeachment. "A Dilma precisa de nós para poder sobreviver aos ataques que vem sofrendo", afirmou. O discurso foi interrompido diversas vezes por palavras de ordem, como "não vai ter golpe", e "Lula, guerreiro do povo brasileiro". Com capacidade para 4.000 pessoas, o espaço onde foi realizado o evento estava com cerca de um terço de sua lotação. Diversos ônibus trouxeram militantes, vindo de locais como o bairro de Campo Grande, na zona oeste, ou Marica, município da região metropolitana governado pelo presidente do PT no Rio, Washington Quaquá.